quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A pena e a espada

"Existem apenas quatro questões de valor nessa vida, Don Octavio. O que é sagrado? Do que é feito o espírito? Por que vale a pena viver? E por que vale a pena morrer? A resposta para cada uma é mesma: somente o amor..." (Don Juan deMarco)



como ultrapassar o filme? ou melhor, como ao menos acompanhá-lo?

essa estória lembra-me um pouco de Castaneda e Don Juan (de Matus, da terra dos índios): a luta constante e irracional do aprendiz em tentar a qualquer custo preservar sua razão, e a paciência benevolente do Mestre em tentar-lhe inutilmente esvaziar sua xícara, repleta e transbordante...

"Shut up! You think I don't know what's going on with you, Don Octavio? But I do, you need me... for a transfusion, because your own blood has turned to dust and clogged your heart. Your need for reality, your need for a world where love is flawed, will continue to choke your veins until all the life in you is gone. Well, my perfect world is no less real than yours, Don Octavio. It is only in my world, that you can breathe, isn't it? Isn't it?"*

Castaneda foi infectado por Don Juan, e sabia, em seu próprio coração, qual caminho seguir. Sua vida nunca mais foi a mesma, e não mais poderia, depois de encontrar o velho mestre yaqui. Você é um antropólogo, mas não passa de um nativo, de sua própria consciência. O desconhecido nos aguarda com as mãos abanando...

Quem ousará enfrentá-lo?

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