"I don't know why... nobody told you... how to unfold your love.
I don't know how... someone controlled you...
They bought and sold you..." (G. Harrison)
Em um comentário escapado no intervalo de um programa de telejornal, o apresentador e jornalista Boris Casoy disse, em rede nacional, a seguinte frase a respeito de dois garis que desejaram feliz ano novo aos telespectadores da nação: "Que merda. Dois lixeiros desejando felicidades, do alto de suas vassouras, rs. Dois lixeiros! O mais baixo da escala do trabalho..." *. Só depois percebeu que estava ao ar, advertido por um colega. Sobre isso, porém, eu me pergunto. Qual é a escala do trabalho? O que mede a felicidade alheia? Será o Boris Casoy uma pessoa feliz? Eu não sei, de fato, responder a essas questões. Mas quem sabe uma delas eu poderia tentar. Quem limpa a cidade depois que a festa termina? Quem paga a corrupção dos políticos e criminosos de colarinho branco, praticada diariamente em frente de nossas casas? Quem assina revistas caras? Sobre a verdadeira face da sociedade, poderia-se perguntar também qual dos dois é mais "alto": o bêbado que vomita caviar e a cara no chão do Reveillon ou aquele(a) que limpa sua sujeira no dia seguinte?
Passado um dia após o ocorrido, o jornalista pediu "profundas" desculpas ao público, o que pode ser conferido em vários sites e vídeos mandados por internautas. Mas desculpas não limpam a sujeira da sociedade.
Rorschach's journal, October 12th 1985. Dog carcass in alley this morning, tire tread on burst stomach. This city's afraid of me. I've seen its true face. The streets are extended gutters and the gutters are full of blood. And when the drains finally scab over, all the vermin will drown. The accumulated filth of all their sex and murder will foam up about their waists and all the whores and politicians will look up and shout "Save us!"... and I'll whisper "No." Now the whole world stands on the brink staring down into bloody hell. All those liberals, and intellectuals, and smooth-talkers; and all of a sudden no one can think of anything to say. Beneath me, this awful city, it screams like an abattoir full of retarded children. and the night reeks of fornication and bad consciencess. (Watchmen)
O que eu não consigo entender: é como esses caras veneram a pirâmide mas desprezam os jogadores. Se são os próprios jogadores que fazem a "pirâmide" existir... we See you, we Saw you.
O que seria do "rico" sem o "pobre"? O homem despreza a mulher, mas é a mulher que faz ele existir. O adulto despreza a criança, mas ele próprio esquece que ainda é uma. O novo despreza o velho, mas o que é o novo senão o antigo? Tudo depende do ponto de vista.
Rorschach: Escutei uma piada, certa vez. Um homem vai ao doutor. Diz que está deprimido. Comenta que a vida é dura e cruel. Diz que sente-se totalmente só em um mundo hostil e ameaçador. O doutor diz, "O tratamento é simples. O grande palhaço Pagliacci está na cidade hoje à noite. Vá vê-lo. Isso deverá levantá-lo." O homem derrama-se em lágrimas. E diz, "Mas doutor... Eu sou Pagliacci". Boa piada. Todos riem. Rufem os tambores. Desçam os panos.
Bob Marley: Nenhuma corrente em meus pés, mas eu não estou livre. Eu sei que estou aqui trancado, no cativeiro. E eu nunca conheci o que é felicidade. Nunca conheci o doce carinho. Mas eu sempre estarei aqui so-rrindo, como um palhaço. Será que ninguém me ajudará? Porque a vida doce... deve estar aí em algum lugar, a se encontrar.
Guiltiness
Isso é uma "vergonha"
So much things to say
Fingi ser gari por 8 anos
Who "washes" the watchmen?
Loan,
ResponderExcluirMuito legal como escreves.
Legal que gostou, J. Pinto. Obrigado pela visita.
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