Caros(as), este é um texto que me repassaram por email e estou divulgando por aqui também, com a devida autorização, é claro. Trata-se do (novo) aumento da passagem de ônibus em Florianópolis e a repressão aos estudantes. Vale a pena pra ler e ficar por dentro.
Estão acontecendo em nossa cidade, mais uma vez, manifestações contra o aumento da passagem de ônibus. Novamente são os estudantes que tomam a frente e se mobilizam, se reúnem nas ruas e protagonizam os protestos.
O que acho importante, diante desses fatos repetitivos, é estarmos informados e conscientes do que isso representa. Ter informações confiáveis e formar uma visão minimamente realista sobre o problema é algo bastante difícil - especialmente pra quem não pode ver de perto, ao vivo e a cores -, pois a mídia é tendenciosa e em geral não divulga aquilo que pode prejudicar quem está no poder. É o famoso jogo de interesses, que predomina há tanto tempo por aqui (e em qualquer lugar?!). Basta observar que, depois que um repórter do DC foi preso e agredido nessa sexta-feira (21/05) o fato foi noticiado, a polícia se pronunciou e disse, inclusive, que irá investigar profundamente o fato. Já o caso de um estudante ser preso e agredido é noticiado sem grandes considerações, como se fosse uma consequência natural e corriqueira da tal “baderna”.
O que acho importante pensar, sobre tudo isso, é o quanto essas manifestações dizem respeito a cada um de nós, que habitamos essa cidade e circulamos (tentamos) por ela, seja de carro, bicicleta, a pé ou ônibus, afinal todos sofremos com os problemas de trânsito! E mais, acho que essas manifestações são muito simbólicas. Elas mostram que a população (ou pelo menos a dos estudantes) está atenta aos problemas, é atingida por todos eles e não está nada satisfeita! Pra mim essa mensagem valida toda a manifestação. Tem muita gente lucrando com o nosso comodismo. Reclamar com o vizinho e o colega é fácil, mas fazer qualquer coisa maior é difícil, eu sei. Temos trabalho, estudo, casa, família, enfim... a nossa vida não pode parar... mas ela pára! Ela pára minutos e horas no trânsito e ela pára com os minutos e horas do nosso trabalho que são gastos com o valor da tarifa, com o preço da gasolina... Isso pra não entrar na discussão do Plano Diretor enganoso, da situação da saúde em nosso município (e das Policlínicas que estão quase sem funcionários desde abril), das construções irregulares, da educação... Diante disso, não é sintomático o contingente policial que nosso querido prefeito mobiliza para “cuidar” das manifestações? Quem não viu dificilmente poderá imaginar a desproporção que é a quantidade de policiais para ficarem “olhando” os estudantes. Tem a PM, o BOP, a cavalaria, policiais com cães e, pasmem, helicóptero sobrevoando. Por que será que é assim tão perigoso se manifestar? Ou então, porque é tão importante abafar tudo o mais rápido possível e intimidar as pessoas? Acho que todos, e especialmente meus colegas professores, devem estar informados e incentivar a reflexão sobre o assunto, não deixar que nossa visão seja construída com notícias falsas e reducionistas.
Um abraço,
Elisa
Um site interessante pra ter outras informações:
http://tarifazero.org
Para seguir: @lataofloripa
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"[...] sussuro sem som, onde a gente se lembra do que nunca soube," G.R.
domingo, 30 de maio de 2010
A tarifa e o sarrafo
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