domingo, 9 de agosto de 2009

A culpa é de quem?



Imagine um estado controlador. Imagine uma vida com câmeras, câmaras, estrategicamente espalhadas por toda a cidade e ninguém fala nada (literalmente). Imagine também que, nesse estado, não se possa confiar no que a mídia diz, porque só existe uma mídia (ou duas, talvez). Imagine você nascendo, e tendo obrigatoriamente de ser registrado, vacinado e tendo o resto de sua vida monitorada por várias empresas, já que você não é mais uma pessoa, e sim apenas uma bateria (sem cabeça) feita exclusivamente para alimentar um sistema (sem coração). Agora imagine que a culpa não seja do estado.

A culpa então é de quem?



"[...] Existe, é claro, aqueles que não querem que falemos. Suspeito que agora mesmo estão gritando ordens aos telefones e homens com armas estarão logo a caminho. Por quê? Porque mesmo que o cassetete possa ser usado no lugar da conversação, as palavras sempre manterão seu poder. As palavras oferecem os meios para o significado, e para aqueles que escutarão o anúncio da verdade. E a verdade é que: há algo terrivelmente errado com este país, não há? Crueldade e injustiça, intolerância e opressão. E enquanto antes vocês tinham a liberdade de objetar, de pensar e falar o que quisessem, hoje vocês tem a censura e os sistemas de vigilância, coagindo-os à conformidade e solicitando sua submissão. Como isto aconteceu? Quem é o culpado? Certamente uns são mais culpados do que outros (eles serão responsabilizados) mas e, a verdade seja dita, se vocês estiverem procurando o culpado, basta olharem-se no espelho. [...]" (V)

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